Mídia Programática: descubra como essa estratégia pode ajudar a sua empresa
A mídia programática opera de forma ágil e direta, realizando a compra de espaços publicitários digitais em tempo real através de softwares e sem a necessidade de negociações com proprietários de sites, como era feito tradicionalmente.
A automação e aprimoramento desse processo proporciona anúncios altamente segmentados, analisando o perfil do usuário e o momento específico em sua jornada de compra.
Dados do Interactive Advertising Bureau (IAB) destacam que em 2020, nos Estados Unidos, 85% das vendas de anúncios digitais ocorreram por meio dessa estratégia de marketing.
No cenário brasileiro, onde a publicidade online atingiu a marca de US$ 16 bilhões em 2021, a mídia programática foi responsável por 22% desse investimento, segundo relatório do IAB. As projeções apontam para um crescimento contínuo, prevendo um valor de US$ 725 bilhões até 2026.
Mas antes dessa revolução, a compra de mídia online era um processo manual e lento, exigindo negociações separadas com cada site escolhido.
A mídia programática surgiu para simplificar a compra de anúncios online, tornando a comunicação entre anunciantes e consumidores mais eficiente, inteligente e automatizada.
Este artigo é um guia completo sobre o que é mídia programática, seu funcionamento e por que sua empresa não pode ignorar essa estratégia no seu plano de marketing digital.
O que é Mídia Programática?
A Mídia Programática é uma estratégia que utiliza plataformas tecnológicas para facilitar a compra de publicidade online, de maneira segmentada. Ao contrário do método tradicional, que envolve solicitações de propostas, licitações e negociações, um processo moroso, esse tipo de mídia utiliza softwares para na compra e venda de espaços na internet, de forma ágil e sem tanta burocracia e pontos de contato.
Além de simplificar a negociação, a mídia programática utiliza dados para aperfeiçoar as estratégias de mídia. Isso contribui para a otimização de orçamento e na geração de resultados. não apenas otimiza os investimentos, mas também contribui para alcançar resultados mais eficazes.
A tecnologia usada monitora o comportamento dos usuários e os dados de tráfego online, através dessas informações é possível uma configuração personalizada de anúncios com base nos usuários.
Como Funciona a Mídia Programática?
Uma campanha de mídia programática opera por meio de uma Demand Side Platform (DSP), um software que configura a campanha e acessa o inventário de mídia online via AdExchanges.
Os publishers disponibilizam inventários nessas plataformas, e as negociações ocorrem através de leilões em tempo real, baseados em CPM, onde o anunciante com o lance mais alto conquista o espaço publicitário digital, exibindo sua mídia para o usuário.
Além da DSP, as Data Management Platforms (DMP) desempenham um papel crucial. Elas extraem informações qualitativas sobre a audiência do site do anunciante, mapeando usuários através de parcerias online. Com análise de big data, as DMPs criam clusters, segmentando dados demográficos, interesses e intenções de compra, orientando estratégias programáticas de maneira mais precisa.
Muito confuso? Veja o passo a passo abaixo:
Objetivo da Campanha: Defina os objetivos, pode ser gerar cliques, cadastro em formulários ou alcançar outras metas específicas.
Público-Alvo: Além das informações demográficas tradicionais, entender mais sobre o comportamento online do seu público-alvo é fundamental. DMPs são ferramentas valiosas nesse aspecto.
Criativos: A copy de vendas que será utilizada no banner é a chave para atrair a atenção. Além do texto, invista na criação do design, utilize cores contrastantes, mensagens diretas e botões de Call-to-Action.
Landing Page: A LP deve ser coerente com o anúncio, o usuário deve perceber conectividade com o anúncio que fora clicado, principalmente quando estamos falando na geração de leads qualificados.
Parceria de Sucesso: Para veicular campanhas programáticas, é necessário acessar uma DSP. Você pode procurar uma Trading Desk ou fechar um contrato diretamente com uma DSP. Ambas têm vantagens e diferenças, por isso verifique o histórico e as necessidades específicas da sua empresa.
Glossário da Mídia Programática
DSP (Demand Side Platform)
Do lado dos anunciantes, a plataforma conhecida como DSP (Demand Side Platform) facilita todo o processo de compra. Desde a segmentação do público-alvo até a coleta de dados para análise, a DSP torna o processo ágil e eficiente. Se o lance é aceito, o anúncio é exibido quase instantaneamente.
DMP (Data Management Platform)
Além dessas plataformas, a Mídia Programática se beneficia da DMP (Data Management Platform), uma plataforma que coleta, armazena e gerencia dados sobre o comportamento da audiência online. Essa plataforma enriquece as estratégias, permitindo segmentações mais precisas, criação de personas e análises de tendências comportamentais.
SSP (Supply Side Platform)
Já do lado dos publishers, a SSP (Supply Side Platform) permite que eles exponham seus espaços publicitários. Leilões são realizados, e o anunciante que oferece o lance mais alto ganha o espaço. Exemplos incluem o Google AdSense, que gerencia a escolha e inserção de anúncios de forma automática.
Ad Exchanges
A Ad Exchange é a plataforma onde as transações de compra e venda de anúncios ocorrem em tempo real (RTB). Neste ambiente dinâmico, anunciantes e publishers negociam a veiculação dos anúncios de maneira instantânea.
Trading Desk
Os Trading Desks são empresas que atuam como operadores, com acesso a DSPs e DMPs, os Trading Desks planejam, gerenciam e otimizam as campanhas em nome de anunciantes que contratam seus serviços.
Formatos de mídia programática
- Anúncios de Display: são anúncios posicionados no rodapé, topo ou laterais das páginas dos sites e proporciona visibilidade para o anunciante, sendo uma escolha mais tradicional, mas não menos eficaz na geração dos resultados.
- Native Ads: esse formato aparece como recomendações de conteúdo ou destacados no site, mesmo em ambientes onde o usuário não segue o perfil da marca.
- Out-Stream: é uma abordagem audiovisual tradicional, sendo exibida em sites e nas redes sociais. Esses vídeos são uma maneira eficaz de transmitir mensagens envolventes e criar uma conexão mais forte com a audiência.
- In-Stream: também em vídeo, esse formato está inserindo-a diretamente dentro de outros vídeos, como acontece no YouTube. Essa abordagem permite que as marcas alcancem os usuários no momento em que estão mais envolvidos, aumentando o impacto da mensagem publicitária.
- Áudio: A publicidade em áudio, semelhante ao In-Stream de vídeo, oferece a oportunidade de inserir anúncios em músicas, podcasts e programações de rádio online.
- Social: permitindo uma segmentação precisa com base na demografia e nos interesses dos usuários, canais de mídia, como Instagram e Facebook, possibilitam que as marcas alcancem diretamente seu público-alvo.
- DOOH: o Digital Out of Home (DOOH) é uma abordagem inovadora. Este formato envolve a veiculação de conteúdos em telas digitais e painéis de LED estrategicamente localizados em ambientes urbanos movimentados, como estações de transporte público e shoppings. Ao unir a eficácia da publicidade digital com espaços públicos estratégicos, o DOOH amplifica a visibilidade da marca, proporcionando uma experiência publicitária impactante e contextualizada.
Como as empresas podem se beneficiar dessa estratégia?
A implementação da mídia programática nas estratégias digitais facilita a coleta de dados sobre o comportamento do consumidor, além de ser possível identificar usuários com maior afinidade por determinados produtos ou soluções, permitindo a entrega precisa de anúncios a essa audiência segmentada.
Para aprimorar mais ainda a abordagem de audiências segmentadas, você pode utilizar estratégias independentes, como retargeting, segmentação geográfica, criação de listas de sites relevantes para o seu público e até mesmo utilizar dados de outras empresas.
Essa importância e atenção a segmentação tem uma razão, se uma marca consegue personalizar sua mensagem e o espaço de exibição para o público mais compatível para compra, o retorno sobre o investimento (ROI) é maximizado, reduzindo desperdício de verba.
A mídia programática é indicada para todos os tipos de negócios, sejam B2B ou B2C, entre os seus benefícios, estão o aumento do alcance e reconhecimento de marca, na geração de desejo de leads e vendas.
Mídia Programática vale a pena?
Economia de Tempo e Recursos: A automatização e simplificação das tarefas de mídia, garantindo a visibilidade da marca em diferentes sites, proporciona uma gestão de mídia mais eficiente, economizando tempo e recursos financeiros.
Segmanetação da Audiência: A capacidade de direcionar anúncios para as pessoas certas é o princiapal diferencial, já que é possível identificar usuários com maior propensão a se interessarem pelos produtos ou serviços oferecidos, maior entrega, logo melhores resultados.
Qualidade dos Anúncios: A personalização das copies para atender aos interesses e intenções de compra específicos de cada segmentos colabora na comunicação mais relevante e engajada com a dor da audiência.
Canais: Além do vasto inventário na Rede Display do Google Ads, a programática opera em outros canais de mídia, ampliando ainda mais as opções de espaço publicitário.
A mídia programática é uma tendência consolidada e acessível às empresas. Apesar da aparente complexidade, serviços de Trading Desks democratizam os processos em termos de investimento e às informações, proporcionando assistência no planejamento.
A mídia programática é uma evolução no cenário do marketing digital, empresas que investem nessa estratégia, além de viabilizar o alcance de resultados, constrói uma posição estratégica na publicidade digital.
Quer saber como implementar uma estratégia de Mídia Paga no seu negócio? Entre com contato com nosso time de consultores.